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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Renato Russo - Leitor de Kierkegaard

A editora Letra Livre lançou em 2000 o livro: Renato Russo de A a Z - As Ideias do Líder da Legião Urbana. Sob a coordenação de Simone Assad; o livro trás uma coletânea de entrevistas do próprio Renato ao longo de sua carreira. Distribuídas e organizadas de maneira temática o livro é. por sua vez, um belo e excepcional trabalho para se conhecer melhor as ideias do líder da Legião Urbana. Fica aqui, então, um aperitivo deste poeta do rock e leitor voraz de grandes filósofos e pensadores da humanidade. Ao longo de nossas postagens irei organizar algumas referência para compor nosso acervo. De início destacaremos, aqui, o teólogo-filósofo dinamarquês, Soren kierkegaard (1813-1855). Um abraço e uma ótima leitura. Sapere Aude!!!

Crítica Músical
"A maioria dos jornalistas não pode falar de rock, porque não entende nada do assunto. Esse povo da Folha de São Paulo é detestável. Ficam fazendo modelinho yuppie em festa de lançamento. Conhecem Calvin Klein e não conhecem James Dean. Falam sobre Smiths e nunca ouviram Mamas and Papas. Não vou ficar citando Kierkeggard para essa turma." (1988). pg. 64.

Espiritualidade
"Eu acho que a única revolução possível é a espiritual. A gente até tenta deixar isso aparente, mais é uma coisa muito antagônica ficar falando de coisas espirituais através de veículos de massa. Eu deixei de me preocupar demais - passo o dia pensando nas pessoas de que eu gosto. E de pensar que, quando eu bebia demais, ficava lendo Sartre,  Nietzsche, Kierkegaard, e achando o mundo horroroso... E os menores abandonados, a sujeira do poder, meu Deus?" (1988). pg. 95.

Inspiração
"Para inspiração, eu bebo em diversas fontes. Leio muito a Bíblia, LaoTsé, o Tao Te-king, porque acho que ali estão as coisas básicas. Atualmente eu também leio coisas "B" - Stephen King - ou então biografias, da Glória Swanson, do Cecil B. De Mille. Quando era garoto, eu lia demais, principalmente, os existencialistas. Dizem que o Kierkegaard era existencialista. Eu o lia, lia muito o Sartre, tudo temperado com Thomas Mann. Ja viu, não é? Ficou muito complicado. Até que reli a Bíblia, e vi no Eclesiastes coisas tão básicas... E, se é para conhecer o processo humano, eu prefiro uma boa literatura, um Dostoiévski, um Balzac, em vez de História da Sexualidade." (1988). pg. 139.

Morte
"A vida é difícil. O homem ocidental, principalmente no século 20, não tem contanto com a morte. A morte virou antisséptica. Não há contanto com o ciclo natural de nascimento, vida e morte. Basta ver o que estamos fazendo com a natureza. Depois de Sartre e Kierkegaard, já estava na hora ... Todo mundo nasce, todo mundo morre. Eu tenho pavor de morrer." (1990). pp. 171,172.


Renato Russo - Entrevista

4 comentários:

  1. Me parece um livro imperdível, poético.

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  2. Adoro as letras de Renato Russo. Preciso ler esse livro.

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  3. Eu lembro desse livro. Nunca cheguei a comprar, pois na época eu ganhava uma micharia e depois acabei esquecendo mesmo, mas li boa parte dele em livrarias.

    Mas como Renato Russo faz falta, hein? Concordo inteiramente quando ele diz "esse povo da Folha de São Paulo é detestável". Que legal um cara como ele e que bons esses tempos em que alguém que falava mal da imprensa era admirado por todos. Hoje em dia, se vc fala mal de uma dessas empresas midiáticas é logo taxado de "antidemocrático", "contra a liberdade de expressão" e outras bobagens do gênero.

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  4. É sim, Renato. É um livro imperdível. Vale a pena conferir. Um abraço...
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    Sou fã do Renato e da banda. Sempre fui. Um abraço, Gilberto...
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    Já passei por isso, Fábio. Quando queria comprar um livro e não podia. Ficava só babando. Fico feliz que, hoje, tenhas condições para isso. Ache um espaço nele na sua biblioteca. Vale a pena. Um abraço...

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