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quinta-feira, 14 de março de 2013

O Homem do Futuro (2011) - Um filme de Cláudio Torres




Do diretor Cláudio Torres o filme, O Homem do Futuro (2011), reúne componentes indispensáveis para uma boa película, a saber: um excelente roteiro, uma temática repleta de muita comédia e ficcção científica, um elenco extraordinário e, principalmente, uma Ideia fantástica.  O longa trás em seu elenco principal: Maria Luiza Mendonça como Sandra, Gabriel Braga Nunes no papel de Ricardo, Fernando Ceylão (Otávio), Alinne Moraes como Helena e, por último, Wagner Moura como (João/Zero). O filme começa quando João, cientista e professor de física, resolve criar uma máquina do tempo, ou seja, um conversor de acelerador de partículas afim de poder  voltar  voltar ao passado. Para ser mais preciso: 22 de novembro de 1991, 20 anos atrás, é a data por ele escolhida para refazer toda a sua vida que a julga ser um desastre no moldes atuais. Na esperança de redimensionar a sua existência, conquistar o amor de sua vida e ganhar muito dinheiro e notoriedade ele embarcar nessa aventura. O reecontro com o seu próprio Eu (João/Zero 20 anos mais jovem) em uma festa a fantasia nas dependências da universidade e outros personagens da trama é o início da reconstrução de sua existência em busca de um futuro promissor e desprovido de angústia. O diretor, Cláudio Torres, nos remonta a ideia do que seria se tivéssemos total domínio de nosso futuro em meio as vicissitudes comuns a todos os demais seres humanos e as consequências desse poder em nossas mãos. João é esse indivíduo que, agora, se vê diante de escolhas que na verdade não são escolhas. Pois, uma vez que não há a angústia que as motiva, logo, perder-se-á o verdadeiro sentido real da existência. E a escolha, por sua vez, não assumirá o seu papel que é produzir a angústia diante das inúmeras possiblidades. Essa escolha que não é escolha se configurará, portanto, na própria desumanização do sujeito desembocando em um total esfacelamento da própria existência. E é já no futuro que João reaparece como um grande executivo e, assim como também, as consequências nefastas que o poder engendrou em sua natureza em meio a sua relação consigo e com os outros proveniente de uma vida sem possibilidade, ou melhor, sem escolhas. Essa descaracterização do humano está presente no decorrer do longa. A condição humana é, aqui, negada. O sofrimento é vilipendiado como se tivesse que aniquilá-lo de uma vez por todas negando a sua natureza pedagógica. Portanto, conhecer o nosso futuro é negar a nossa possibilidade de poder diante da vida e do sofrimento que é algo próprio da condição humana.Caberá, assim, valorizar não o futuro senão, o Instante. Pense nisso. Espero que tenham gostado e até a próxima.

O Homem do Futuro (2011)- Trailer Oficial

Veja filme completo, aqui: O Homem do Futuro (2011).

3 comentários:

  1. Viver em nossa própria condição humana com todos os sofrimentos e inquietações, especialmente viver cada dia como se fosse o último...Maravilhosa sua narração e olhar sobre este filme, Parabéns mesmo!
    Muita Luz
    Ana

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  2. Ele voltou!!! \o/
    ______
    Adorei o texto, sou suspeita pra falar, melancolia é meu nome do meio... Mas acho mesmo que nossas dores são base fundamental para quem somos e quem nos tornaremos mais tarde, como disse Santo Agostinho na obra A cidade de Deus, “Não interessa tanto o que a gente sofre, mas como sofre. Remexidos de igual maneira, o lodo exala horrível mau cheiro, o ungüento, suave perfume.” (De Civitate Dei, I, 8, 2).
    ___________
    Saudades suas, Maxwell.

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  3. Ótimo filme e que foge bastante do lugar-comum do cinema nacional. Divertido, inteligente e com ótima atuação do elenco, principalmente Wagner Moura. Ah, e uma ótima trilha sonora também! Abraço!

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